terça-feira, 24 de julho de 2012

SE, HONESTAMENTE, QUISESSEM RECUPERAR AS FINANÇAS

Recebi há dias na minha caixa do correio um texto e pediram-me para o reencaminhar. Reencaminhei-o!
Mas achei que era pouco e não resisti em o publicar neste meu sítio por o achar tão verdadeiro e atual, que até me assusta.
Nunca quis nem quero politizar o meu blogue, mas as notícias que me chegam ao conhecimento são tantas e variadas que caio por vezes na tentação de aqui também as denunciar.
Ainda agora acabei de ouvir na televisão um programa sobre os deputados e os conflitos de interesse em que estão envolvidos. Veja-se o exemplo do ministro Relvas que no ano em que lhe “ofereceram” a licenciatura, acumulava cerca de uma dezena de funções de consultadoria e outros… a maioria ou quase totalidade, remuneradas. Não sei como conseguiu ter tempo para estudar???? Claro que não teve nenhum tempo!!!!!


Pessoalmente, com muita força de vontade e sacrifício demorei 4 anos para me atribuírem a licenciatura.


E Passos Coelho ainda tem o descaramento de dizer: “Que se lixem as eleições”.
É o mesmo que dizer que se está a lixar para quem votou nele…
São uma vergonha os nossos políticos…

Mas aí vai o tal texto que me fez estar aqui:

O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!!!!!!


1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respetivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respetivo.
5. As empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respetivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder. Há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e quejandos, onde quer que estejam.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
25. Controlar rigorosamente toda a atividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

26. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
27. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

28. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
39. Pôr os Bancos a pagar impostos.


Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressaa nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros o Estado.



POR TODOS NÓS, NOSSOS FILHOS E NETOS.




PS: Reencaminhado da minha caixa de correio para este espaço.

2 comentários:

  1. Uma palavra sobre as suas propostas relativamente aos deputados. Isso não é o mais importante, pois não é esse número que permite que haja abusos, mordomias, desgoverno e corrupção. O número podia ser diminuído para metade, que ficávamos na mesma.

    Se a redução é para poupar despesa, há outras coisas mais importantes em que pensar. Por exemplo, se o território de cada autarquia fosse um círculo uninominal, a assembleia da república teria de ter 308 deputados, não 230.

    O grande problema é a falta de ESCRUTÍNIO ELEITORAL: o facto deste sistema de listas fechadas sem voto nominal impedir os votantes de escolher o seu representante no parlamento. A ordem dos candidatos é imposta à partida, o que faz com que haja dezenas de "lugares elegíveis" para os maiores partidos. Esses lugares GARANTIDOS tornam os caciques partidários impossíveis de desalojar do parlamento pela via dos votos. Vivem perpetuamente blindados contra o escrutínio. É por isso que há tanta corrupção.

    Concluindo, precisamos é de exigir a eleição nominal dos deputados. Por exemplo, meter as listas dos partidos no boletim de voto e passarem a ser os eleitores a ordenar as listas com os seus votos. A isso, chamam de "voto preferencial" - uma forma de voto nominal.

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  2. O importante não é o número dos deputados, é que os eleitores possam escolher em quem votam. O voto deve ser individual.

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