terça-feira, 26 de agosto de 2014

PASSEIO A VIANA DO CASTELO

FESTAS DA SENHORA DA AGONIA
23 de Agosto de 2014

Saímos de Tavarede do Largo da Igreja, poucos minutos depois das 08H00, pois que se teve de controlar dois autocarros: um de 56 lugares, que levou 53 pessoas e um de 26 lugares, levando 24 ocupados.
Pelas 09H30, fizemos uma paragem “técnica”, para as pessoas poderem esticar as pernas, beber um café e outras necessidades…
A chegada a Viana do Castelo, aconteceu dentro da hora prevista, 11H30.
Os autocarros ficaram junto a um parque.


Aqui um pequeno grupo de participantes nesta viagem, aproveitou para almoçar em partilha, cavaquear um pouco e conviver porque é para isso também que servem estes passeios. Depois de almoçarmos guardamos os sacos e outros acessórios num dos nossos autocarros que ali perto estava estacionado.
Iniciamos entretanto o nosso passeio a pé até ao local onde iríamos assistir ao Grandioso Cortejo Etnográfico, motivo que nos levou até Viana do Castelo.
Antes porém, parámos num estabelecimento junto ao rio, para bebermos um café e também nos prepararmos fisiologicamente.

Como está na moda, aí vai uma SELFIE!
É sem dúvida que nestas incomparáveis e magníficas Festas de Nossa Senhora d'Agonia, que a tradição atinge o seu maior expoente.




Pelo que me diz respeito a mim e à minha esposa, é a primeira vez que vamos assistir a estas festas. Viemos com grande curiosidade. Mas com alguma pena de só podermos estar presentes neste dia. Mas fazendo jus à letra da canção:

"Se o meu sangue não me engana, como engana a fantasia 
Havemos de ir a Viana, ó meu amor de algum dia 
Ó meu amor de algum dia, havemos de ir a Viana 
Se o meu sangue não me engana, havemos de ir a Viana”

E aqui estamos!
Mas há aqueles que se armam… em turistas!
Pelo que tenho ouvido, durante os dias que duram estas festas as atividades são imensas e cada uma delas carregadas de tradição e beleza: a procissão ao mar, as ruas da Ribeira enfeitadas com os tapetes floridos, testemunhos da profunda devoção religiosa; a etnografia tem o seu espaço nos desfiles do Cortejo Etnográfico e na Festa do Traje, onde se pode admirar os belos trajes de noiva, mordoma e lavradeira, vestidos por lindas minhotas que ostentam peitos repletos de autênticas obras de arte em ouro; os consertos das concertinas e dos bombos; as dançam as lavradeiras; a grandiosa serenata de fogo-de-artifício que ilumina toda a cidade, começando pela ponte de Gustave Eiffel, passando pelo Castelo de Santiago da Barra, até ao Templo - Monumento de Santa Luzia... A Romaria da Nossa Senhora da Agonia realiza-se todos os anos na cidade de Viana do Castelo. Desde 1783 que esta Romaria se concretiza no mês de Agosto, englobando o dia 20 (feriado municipal da cidade). Este ano estas festas vão de 20 a 24 de Agosto. Nestas festas a cidade enche-se de animação e festeja em torno da Nossa Senhora da Agonia (padroeira dos pescadores), remontando aos tempos mais antigos. A Romaria d’Agonia junta-se à história da igreja d’Agonia. Data de 1674 a história da igreja em honra da padroeira dos pescadores. Na altura, foi edificada uma capela em invocação ao Bom Jesus do Santo Sepulcro do Calvário e, um pouco acima, uma capelinha devota a Nossa Senhora da Conceição.
Hoje, o nome da santa está associado à rainha das romarias e às múltiplas tradições da maior festa popular de Portugal: a romaria em honra de Nossa Senhora da Agonia, nascida em 1772 da devoção dos homens do mar vindos da Galiza e de todo o litoral português para as celebrações religiosas e pagãs.

Hoje, aqui estamos nós para assistir ao Cortejo Etnográfico que é uma das maiores, segundo dizem, atrações da Romaria da Senhora d’Agonia.

O nosso pequeno grupo, lá se acomodou num passeio logo no início do cortejo. Começámos por arranjar umas cadeiras, uns chapéus e com umas águas de reserva e umas idas a um dos bares existentes ali perto, lá fomos esperando e confraternizando com alegria o início do cortejo, o que aconteceu dentro da hora anunciada, 16H00.
Milhares de pessoas apinhavam-se nos passeios para assistir ao desfile carregado de tradições da região, os usos e costumes das suas freguesias, a rara beleza das moças vianenses, com a sua contagiante alegria e com o colorido dos seus trajes tão caraterísticos.
A abrir o cortejo estavam os cabeçudos e gigantones seguidos pelos zés pereiras rufando os bombos.


E há gajos que teimam em dar nas vistas!
Os ranchos etnográficos com as suas modas do nosso folclore e os grupos de música tradicional também por lá desfilaram espalhando alegria e boa disposição.




Muitos foram os momentos representando as diversas tradições de toda a região, onde o colorido dos trajes das lavradeiras, a riqueza das mordomas da festa desfilando os seus trajes e ouro, o sorriso cativante das moças, os cativantes tocadores de concertina, os sargaceiros, as peixeiras e as bordadeiras e a grandeza e criatividade dos carros alegóricos foram um espetáculo ímpar de arte e beleza que ficará gravado na nossa memória durante muito tempo.






Não quero também deixar de aqui assinalar que a vida e obra de Frei Bartolomeu dos Mártires, que nasceu, faz este ano, cinco séculos, foi o grande destaque deste cortejo. Natural de Lisboa, Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) foi arcebispo de Braga e serviu como pastor um território que atualmente integra as dioceses de Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real. A sua beatificação teve lugar em 2001 numa celebração presidida pelo Papa João Paulo II.

Acabado então o desfile do Cortejo Etnográfico, fomos até ao local combinado para apanharmos os autocarros. Eram 18H30. Quase todos os nossos companheiros de viagem estavam presentes. Contactei com o nosso motorista Paulo que pediu para nos deslocarmos até aos autocarros pois o trânsito estava muito complicado. Assim se fez, ficando eu neste local à espera dos companheiros que estavam a faltar.
Eram já perto das 19H30, quando me dirigi para os autocarros. Ainda falta alguém no autocarro pequeno.
Combinou-se então que o autocarro grande fosse embora, mantendo o contacto entre os dois motoristas, de modo a que numa área de serviço nos reuníssemos.
Eram 22H05, quando chegamos a Tavarede ao Largo da Igreja.

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